No dia 25 de abril de 1984, mais precisamente há 30 anos, a sociedade brasileira se reunia para votar uma Emenda que tinha como propósito a eleição direta para presidente da República.
O movimento das Direta-Já foi um dos mais importantes da história do Brasil. Era um reflexo de uma população cansada de 20 anos de ditadura.
Políticos, sindicalistas, artistas e esportistas lideraram enormes comícios pelo país defendendo o voto direto para presidente, que havia acontecido há 24 anos, com Jânio Quadros.
A primeira Manifestação pública a favor das eleições diretas ocorreu em Abreu e Lima, no estado de Pernambuco, no dia 31 de março de 1983, organizada por membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no município. A manifestação foi noticiada por jornais de Pernambuco e logo começou a se espalhar pelo país.
A repressão aumentou, mas os Democratas intensificaram as manifestações.
O governo de João Figueiredo declarou estado de emergência dias antes da votação, cercou o Congresso com militares na véspera, censurou noticiários e chegou a prender deputados.
A Emenda de Dante de Oliveira do PMDB não foi aprovada. Foram 298 votos à favor, 22 a menos que o necessário. Somente 62 deputados votaram contra, todos do PDS, e outros 113 não foram votar.
Apesar de não ter sido aprovada a Emenda, o movimento foi de grande importância para o fim da Ditadura.
É uma data que deve ser memorada, pois o movimento mostrou o poder que a população unida tem na vida política nacional.
É preciso lembrar que juntos somos gigantes, que temos força e poder. Renovação vem através de revolução, persistência e luta. Tudo isto nos torna capazes de mudar nossas vidas, nosso país e... O mundo!
sexta-feira, 25 de abril de 2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Para não esquecer de lembrar: 50 anos do Golpe Civil Militar
O dia 1º de abril de 1964 é uma data que jamais deve ser esquecida. Se passaram 50 anos do Golpe Civil militar que durou por um período de 21 anos. Foram 21 anos de torturas, homicídios, censura e todo tipo das mais insanas crueldades. É um lapso temporário muito grande para aprendizado e muito curto para o esquecimento.
Muita coisa aconteceu, não se resolveu e se ocultou. Ainda hoje resta a ferida nas pessoas que foram torturadas, ameaçadas e perseguidas, muitas famílias ainda vivem a angústia do desaparecimento e da falta de notícias de seus parentes. Para todos estes a dor nunca acabou.
Muita coisa ainda não se resolveu e é preciso lembrar, investigar e escancarar, pois por mais que a ditadura propriamente dita tenha acabado, ainda hoje restam seus rastros de autoritarismo, e isto para todos é uma sombra.
Não esqueçamos de lembrar, pois há muita coisa escondida.
Todos pelo Direito à Memória, Verdade e Justiça!
terça-feira, 1 de abril de 2014
Cotas raciais, parte II
Quando pensamos que já vimos de tudo, surge uma notícia que vem como um tapa de luvas em nossa cara.
Segundo o site Estadão, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 26, um projeto que reserva 20% das vagas em concursos públicos da administração direta e indireta da União a candidatos negros que assim se declararem na inscrição. O resultado da votação foi de 314 votos a favor, 36 contra e 6 abstenções. A matéria vai para análise do Senado.
Que absurdo é esse? Aí já é demais! Sou à favor de cotas nas instituições de ensino para que todos tenham acesso à educação, isto temporariamente, até que o governo melhore a educação pública, pois isto é uma falha do próprio governo, mas nas cotas para concurso as coisas mudam de figura. É uma falta de respeito com todos os cidadãos que passam anos de suas vida se dedicando aos estudos para ocupar as vagas, e depois implantam um sistema completamente preconceituoso.
Não é dessa forma que se consegue diminuir o racismo, isto apenas acentua. É triste ver que as pessoas têm a ideia de que a ocupação dos cargos deve ser feita através da cor.
Essa é a herança, o ensinamento que vamos deixar para os nossos filhos, que serão o futuro do nosso país? Teremos uma geração que seleciona pessoas por cor?
Fiquemos na esperança de que o senado não aprove essa lei, que para mim é uma blasfêmia, uma hipocrisia sem tamanho dos nossos representantes. O analfabetismo político precisa ser abolido, e a sociedade precisa abrir os olhos e prestar atenção em quem elege como representante do povo.
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